Por Thiago Araújo da Silva
Após a morte do Papa Francisco na última 2ª feira (21), a Igreja Católica entrou em período de “Sede Vacante”, que perdurará até a eleição de um novo Santo Padre.
A escolha do sucessor de Francisco ocorrerá por meio do Conclave, ritual de eleição secreto realizado entre os cardeais, com foco na seleção do novo líder da Igreja.
O Conclave, originado da expressão latina cum clave (“com chave”), é um processo rigoroso e secreto, onde os 252 cardeais do Colégio Cardinalício se reúnem para escolher o novo Papa.
Capela Sistina
A votação ocorre na Capela Sistina, sendo restrita a cardeais com menos de 80 anos de idade.
Apesar de haver 135 cardeais com direito a voto, apenas 120 estão aptos para participar da eleição.
O Brasil, um dos países com maior presença na Igreja Católica, conta com 8 cardeais, sendo que 7 deles têm direito a voto no Conclave.
Esses cardeais, que poderão participar da eleição papal, são:
- João Braz de Aviz (77 anos) – Arcebispo emérito de Brasília. Destaca-se pelo seu trabalho de gestão e desenvolvimento da Igreja no Brasil.
- Odilo Scherer (75 anos) – Arcebispo de São Paulo. É uma das maiores figuras religiosas do país e tem grande influência nas decisões da Igreja Católica.
- Leonardo Ulrich Steiner (74 anos) – Arcebispo de Manaus. Reconhecido por seu trabalho com as questões indígenas e da Amazônia, uma área de crescente relevância na Igreja.
- Orani Tempesta (74 anos) – Arcebispo do Rio de Janeiro. Representa um dos maiores centros católicos do Brasil e tem forte envolvimento nas questões sociais e políticas.
- Sérgio da Rocha (65 anos) – Arcebispo de Salvador e primaz do Brasil. Comanda a arquidiocese mais antiga do país, e seu papel é central na representação da Igreja Católica brasileira.
- Jaime Spengler (64 anos) – Arcebispo de Porto Alegre e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Ele é uma das figuras mais influentes no cenário religioso nacional.
- Paulo Cezar Costa (57 anos) – Arcebispo de Brasília. O cardeal mais jovem entre os brasileiros votantes, tem um papel importante na liderança da Igreja em Brasília.
No dia do Conclave, os cardeais assistem a uma missa na Basílica de São Pedro antes de seguir para a Capela Sistina.
Durante a votação, cada cardeal escreve o nome de sua escolha em uma cédula, que é depositada em uma urna.
Caso nenhum candidato obtenha os dois terços necessários para a eleição, a fumaça gerada na queima das cédulas será preta, indicando que a votação continuará.
Caso haja consenso e um novo Papa seja eleito, a fumaça será branca.
“Sede Vacante”
Enquanto o processo de eleição ocorre, o carmelengo, auxiliado pelo Colégio Cardinalício, assume a administração da Igreja durante o período de “Sede Vacante”, quando não há Papa.
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