Com sucessor de Barroso, Lula terá 11 ministros no STF; Dantas, Messias, Carvalho e Pacheco são os cotados

A aposentadoria do ministro Luís Roberto Barroso, comunicada na última 5ª feira (9), abre mais uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), dando início ao processo para escolha do seu sucessor.

Essa será a 3ª indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante seu atual mandato, após nomear Cristiano Zanin e Flávio Dino, completando a renovação total da Corte ao longo dos seus governos.

Embora o Palácio do Planalto ainda não tenha oficializado o nome que ocupará a cadeira de Barroso, nos bastidores já circulam diversas possibilidades.

Desde sua 1ª gestão, Lula tem sido protagonista na composição do Supremo, com total de 11 ministros indicados, completando a renovação integral da Corte ao longo dos últimos 20 anos, considerando também as nomeações feitas durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff.

Indicações de Lula por mandato:

• 1º mandato (2003–2006): Joaquim Barbosa, Cezar Peluso, Carlos Ayres Britto, Eros Grau, Ricardo Lewandowski e Cármen Lúcia.

• 2º mandato (2007–2010): Menezes Direito e Dias Toffoli.

• 3º mandato (2023–2026): Cristiano Zanin, Flávio Dino e o sucessor de Barroso (a ser definido).

Indicações de Dilma Rousseff (2011–2015):

• Luiz Fux (2011)

• Rosa Weber (2011)

• Luís Roberto Barroso (2013)

• Edson Fachin (2015)

Edson Fachin assumiu a presidência do Supremo após o término do mandato de Barroso.

Possíveis nomes para a vaga deixada por Barroso no STF:

• Jorge Messias
  Ministro da Advocacia-Geral da União (AGU). Advogado com ampla experiência em direito público, responsável por defender os interesses da União em tribunais. Reconhecido pela atuação técnica e articulação política.

  

• Vinícius Carvalho
  Ministro da Controladoria-Geral da União (CGU). Especialista em controle e fiscalização governamental, com papel central no combate à corrupção e na transparência administrativa.

  

• Bruno Dantas
  Presidente do Tribunal de Contas da União (TCU). Magistrado com carreira consolidada no controle externo, conhecido pela atuação técnica e fiscalização das contas públicas federais.

  

• Rodrigo Pacheco
  Ex-presidente do Senado (PSD-MG). Jurista e político, com experiência legislativa e comando no Senado, além de formação jurídica e atuação em temas constitucionais.

  

A expectativa é que o anúncio oficial do novo ministro ocorra nos próximos meses, após avaliações que consideram tanto o perfil técnico dos candidatos quanto as articulações políticas no Congresso e dentro do governo.

A nomeação do sucessor de Barroso dará continuidade à renovação da Suprema Corte, processo que marca uma reconfiguração significativa do STF e que tem impacto direto nas decisões políticas e jurídicas do país.